Este é o principal ligamento do joelho, pois é o que proporciona mais estabilidade à articulação, e por isso este tipo de lesão é de grande importância, principalmente nos casos de moderados a graves, pois geralmente esses necessitam de cirurgia.
Normalmente acontece em movimentos bruscos, quando o pé está apoiado no chão e o corpo gira sobre o membro apoiado (movimento de pivô).
Alguns fatores podem influenciar para o aparecimento dessa lesão: predisposição biomecânica, fraqueza muscular, sedentarismo, outras lesões pré- existentes no joelho (Ex: o menisco medial auxilia em algumas funções de estabilização do LCA), etc.
O estiramento ou ruptura deste ligamento geralmente ocasiona edema (“inchaço”) articular considerável, estalo alto no momento da lesão, dor difusa no joelho, rigidez articular e sensação de instabilidade da articulação (falseio).
Estruturas como os ligamentos têm pouca capacidade de se regenerarem, por isso na maioria dos casos além da fisioterapia também é necessário o tratamento cirúrgico. Geralmente o joelho é muito dependente de um LCA em perfeito funcionamento, caso contrário torna-se instável e seguidas entorses podem ocorrer, tal processo acarretará numa artrose precoce, acometendo outras estruturas do joelho como os meniscos e a cartilagem articular.
A fisioterapia é de fundamental importância no tratamento conservador, no pré-cirúrgico e no pós-cirúrgico.
Apesar de ser uma lesão traumática, da mesma maneira precisa ser observada com um tratamento global, assim como todas outras citadas aqui. É necessário terapia manual (osteopatia, RPG, Mulligan – técnica australiana, etc.) para liberar a musculatura que fica em “espasmo” como mecanismo de defesa do corpo, para ganhar mobilidade articular proporcionando melhor grau de movimento (flexão e extensão do joelho), recursos manuais para drenagem do edema (“inchaço”), métodos de traumato-ortopedia (fortalecimento muscular), hidrocinesioterapia (ganho de força muscular, estabilidade articular – propriocepção, ganho de mobilidade articular, melhora da drenagem). Aqui a visão da globalidade é muito importante para auxiliar na reabilitação.
( Ex: fortalecer os músculos posteriores da coxa é fundamental, pois estes auxiliam a estabilizar o joelho no movimento de gaveta anterior (translação anterior da perna em relação à coxa).
Também é necessário observar a postura e o tipo de pisada que podem influenciar num estresse maior sobre o LCA.
Ainda devemos destacar, que nos primeiros meses da reabilitação, a importância de evitar a perda dos últimos graus de extensão do joelho (“esticar” o joelho), pois tal condição acarretará em grande dificuldade para ganhar força e massa muscular no quadríceps.
Outro ponto fundamental é a propriocepção, que é o principal fator para evitar a recidiva (volta) da lesão, que é um método realizado para treinar os “sensores” existentes no corpo para responderem de maneira eficaz aos gestuais esportivos, uma espécie de trabalho de equilíbrio.
Este é apenas um exemplo de lesão por entorse ligamentar do joelho, mas como todos os outros o tratamento global é de fundamental importância.
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